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>> julho 12, 2005
oniriquices
Acho que estou mesmo a ficar um bocadinho avariado. Eu, que raramente me lembro dos sonhos, acordei hoje a rir tal era o disparate que ia na minha cabeça adormecida. É uma bela história pois a que tenho para contar, que fala da minha estreia como actor, do desastre que foi a minha estreia como actor, dos meus direitos como desempregado e de cantores britânicos com queda de cabelo.
Eu fazia parte de uma representação teatral de O Feiticeiro de Oz, como Homem de Madeira (pois, nem sequer era de lata). Era a estreia e eu estava deslocadamente sentado com o público, a ver o início da peça com umas coreografias feitas por uns macacos prontamente acompanhadas pelo resto da audiência. Só então é que me lembrei que nem sequer tinha olhado para o guião! Tentei alertar as pessoas para esse facto mas ninguém me ligou nenhuma, e quando chega a minha parte dão-me um papel com a letra de uma música que eu tentei acompanhar enquanto andava para a frente e para trás em todo o comprimento do palco, ao lado de uma rapariga loura e de vestido azul igual à Alice do País das Maravilhas da versão Disney. Como não sabia a melodia que tinha de cantar a cena não saiu muito bem, e depois veio um gordo careca com óculos ter comigo e avisa-me que eu estou despedido, e eu defendo-me dizendo que tenho direito à presença de um psiquiatra. Sim, de um psiquiatra!
Alguém telefona a um psiquiatra que pelos vistos era o meu e depois ficamos todos à espera dele, vamos para a rua e atravessamos uma praça que parecia mesmo ali em Algés. Muita gente estava presente, inclusivamente o Robbie Williams que nos ia entretendo com histórias sobre o seu pai e de como estava a ficar careca. O psiquiatra mesmo assim não chegou antes do toque fatal do despertador.
posted by Eduardo at 12:03 |
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