| >> na margem errada | |||||||||||||||||||||||||||
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>> março 02, 2005 raio do puto A pista de bicicletas ainda mostrava sinais da noite gelada, e o vento cortante trazia consigo temíveis armas de destruição maciça na forma de flocos de neve fura-olhos. Pouco passava das oito da manhã, depois de uma noite longa. Ainda assim, as pernas obedeciam a um ritmo que mostrava determinação em não chegar atrasado à aula. À minha frente só um puto, de barrete colorido como os dos bobos, a lutar afincadamente contra o frio que soprava de oeste. Inicio a ultrapassagem, pelo lado esquerdo. O puto acelera, pelo meu lado direito. Ignoro-o a princípio, mas acabo por acelerar também. E ele pedala mais rápido. Após breves instantes na liderança, ele alcança-me e vamos lado a lado. Emocionante. Eu aumento o ritmo, mas ele apercebe-se e não quebra. As minhas pernas começam então a acusar o esforço tão madrugador, e o puto descola e põe-se à minha frente. Fico para trás, derrotado. É triste perder uma ultrapassagem com um puto com metade do meu tamanho e barrete de bobo logo pela manhã...
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